segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

FRASES FAMOSAS. AUTORES ?

Relendo meus recortes de jornais, guardados há muitos anos, achei interessante fazer alguns destaques. Escolhi o tema “Frases famosas. Autores ?”. Começo pela frase atribuída por muitos ao poeta português Fernando Pessoa: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. O Historiador José Murilo de Carvalho, membro da Academia Brasileira de Letras, esclarece num dos recortes guardados, que a frase foi dita pelo romano Pompeu, general e estadista (106-48 a.C.) quando no mar Mediterrâneo, sob ameaça de tempestade, zarpou com mantimentos para uma Roma em crise de abastecimento. A fonte dessa informação aponta para Plutarco, escritor grego (40-120 a.C.). O verso “O infinito enquanto dure”, que fecha o “Soneto da fidelidade” de Vinicius de Moraes, é de autoria de Henri Joseph de Régnier, romancista e poeta simbolista e parnasiano francês (1864-1936). Fonte: “Os que criam e os que copiam”, artigo de Jaime Barbosa (Jornal do Brasil, 25 de fevereiro de 2000). No mesmo artigo, Jaime Barbosa compara o belo soneto de Camões (1524-80) “Alma minha gentil que te partiste/Tão cedo desta vida descontente/Repousa lá no céu eternamente/E viva eu cá na terra sempre triste” com os versos do poeta italiano Francesco Petrarca (1304-1374) “Alma minha gentil que agora parte/Tão cedo deste mundo a outra vida/Terá certo no céu grata acolhida/Indo habitar sua mais beata parte”. Encontrei mais exemplos, mas é difícil dizer quando é plágio ou quando a memória leva alguém a repetir aquilo que foi lido ou ouvido. O músico e compositor Erich Araguari me disse certa vez que evitava tomar conhecimento de trabalhos alheios com receio de ser traído pela memória em suas composições.